Entrevista com William Tannure - O Legado da Ruína

Como vocês devem ter percebido, o blog esteve parado por pouco mais de 5 meses, porém, estive todo esse tempo me dedicando ao Instagram Elfos e Homens e foi lá que conheci o livro O Legado da Ruína.

Me apaixonei pela sua proposta logo de cara, além de que a edição é linda demais (o que já conta muitos pontos, obviamente). Hoje, tenho a honra de dizer que William Tannure, autor da obra, é parceiro do blog, então, antes de ler e tirar minhas conclusões sobre, fiz algumas perguntas pra ele, que vocês encontram logo abaixo:

1. Quem é William Tannure?

"Eu sou médico oftalmologista, residente da cidade de Petrópolis RJ. Sou um leitor ávido, e meu gênero predileto é ficção. Também sou aficionado por comics. Tento também nas horas vagas aproveitar um pouco do meu ps4 e me socializar como uma pessoa normal ( risos )."

2. Quando percebeu o dom para escrita e deu início à Legado da Ruína?

"A origem do Legado iniciou com uma conversa com meu irmão. Ele me sugeriu que como gostava muito de ler fantasia que eu devesse escrever alguma do tipo. Achei interessante e comecei a colocar algumas ideias no papel. Admito que meus primeiros esboços não me agradaram muito. Após algumas tentativas vi que estava começando a criar algo mais sólido e melhor narrado e aí dei continuidade. Não parei desde então."

3. Quanto tempo demorou na criação do livro e como foi o processo?

"Lobo e gelo demorou cerca de dez meses para ser escrito. Tinha uma estória na minha cabeça mas depois de começar a escrever vi que aquilo que tinha planejado estava extremamente curto. Foi quando eu comecei a perceber que as ideias boas foram se formando a medida que continuei a escrever. No meu caso a melhor maneira de formar ideias foi escrevendo e continuando. Continuo com o mesmo arcabouço que havia planejado desde o início. Meu final continua sendo o mesmo. Só melhorei e ampliei o meu meio com uma estória que julgo bem embasada e sem "encher linguiça"."

4. Inspira-se em alguém? (Se sim) Quem são suas inspirações? Tem um autor e\ou livro preferido?

"Tudo que já li ou já experimentei se tratando de fantasia me ajudou muito a pensar na obra. Foram nas fantasias incríveis de Tolkien e Robert Jordan, meus autores prediletos, que pudesse pensar em lugares  fictícios e dimensionar o tamanho da minha saga. Foi lendo os quadrinhos espetaculares de Jonathan Hickman que consegui sempre pensar em criar uma história visando a grandiosidade e o escopo em direção ao infinito. Foi "morrendo" centenas de vezes na série Dark Souls que pude contemplar a beleza vastas de reinos decadentes e criaturas bizarras que grandes mentes como Hidetaka Miyazaki puderam imaginar. Sim, tive alguns exemplos."

5. Como você vê a ascensão da ficção\ literatura fantástica no mercado brasileiro atualmente?

"Eu conheci algumas referências muita boas no mercado. Raphael Draccon e André Vianco. Eduardo Spohr, que para mim é o melhor autor de ficção nacional da atualidade. Mas também vi durante o processo de lançamento centenas de outros escritores com ideias muito boas tentando achar o seu espaço. Temos muito de tudo no mercado literário, e é natural que o funil se estreite para destacar alguns. Felizmente, parto do princípio que uma boa estória sempre achará seus leitores e terá seu lugar e reconhecimento. Acho que por mais que tenham muitos, se você produzir algo que é genuinamente bom, você terá seu merecimento. A questão é: As pessoas querem contar boas estórias? Ou querem somente impulsionar um produto pop numa época onde ser nerd deixou de ser vergonha e passou ser "cool"? O escritor deve decidir se ele realmente quer contar uma estória ou se ele quer criar um produto que seja o próximo Game of Thrones, com seus episódios, spinoffs, comics e action figures?"

6. Esteja livre para fazer suas considerações, falar sobre o livro ou qualquer outra coisa que ache relevante. 💓

"Meu livro conta sobre o império de Yxor, como ele foi criado por um herói desconhecido chamado Rognam e como seus filhos, os grande protagonistas, começam a trilhar seus caminhos por suas escolhas. E como os reinos subordinados a ele decidem se rebelar, vítimas da manipulação de uma criatura com interesses desconhecidos por todos. Tentei amarrar elementos fantásticos que fogem dos padrões pré-estabelecidos, além criar uma narrativa concisa com mistérios necessários para atiçar a curiosidade. Espero muito que você e todos que os leitores apreciem a obra!"

O Legado da Ruína pode ser encontrado na Livraria Cultura, Chiado Editora, Martins Fontes Paulista, Google Books.

Sigam o autor no Instagram e acompanhem as novidades: O Legado da Ruína 💓

Sinopse

Em um mundo entre tantos, o Império de Yxor dominava toda a terra conhecida pelo homem. Seu poderio com exércitos vastos e legiões de magos sempre assegurou o controle sobre os reinos subordinados a ele.

Sob o comando de Rognam, um herói que surgiu em tempos obscuros e devolveu a esperança aos homens, o Império yxoriano cresceu e se expandiu até que todos os homens se ajoelhassem perante o imperador-deus.

Um casamento foi celebrado entre ele e a herdeira do maior dos rebeldes, a filha de Sirar, o Leão, regente da nação sulista de DacMeth, com o intuito de unificar aqueles que um dia foram inimigos e de trazer a prosperidade acompanhada de paz.

Dessa união três crianças nasceram, três príncipes de personalidade e objetivo diferentes. Regnar, o mais velho e herdeiro do trono, luta contra as vontades irrecusáveis de seu pai para tentar seguir seu caminho. Arcaedas, um feiticeiro tamanhamente talentoso, quanto arrogante, assolado por uma enfermidade que o privou do sentido da visão. Syric, o mais novo, um rapaz confuso, com o presente e o futuro envoltos em dúvidas e mistérios.

Cada um parte em sua jornada pessoal, motivados por ambições e vontades particulares.

Mas a suposta prosperidade no Império é fraca. Enquanto Yxor julga ter controle sobre os reinos conquistados, seus monarcas indignados pela opressão duradoura tramam silenciosamente a queda do Imperador e da unidade conquistada por ele. E, nas sombras mais densas um ser sinistro de tempos imemoriais espreita, pacientemente, tecendo planos macabros e aguardando seu momento de revelação.